A relação terapeuta-paciente na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é um “trabalho de equipe”. Duas pessoas interagem colaborativamente.
A relação é simples, direta e voltada para a ação. A aliança criada é parte essencial para o tratamento e caracteriza-se por um alto grau de autenticidade, afeto, consideração positiva e empatia.
O terapeuta dá feedback (retorno, sugestões) com diplomacia, boas maneiras, porém, não esconde a verdade. Ele também recebe feedback. Procura saber como o paciente está se sentindo em relação á sua atuação, porque deseja sempre melhorar e atender com qualidade e humanidade.
O terapeuta perguntará ao paciente:
“Estou sendo claro nas explicações sobre a terapia”?
O terapeuta dirá ao paciente que:
1. A qualquer momento ele poderá questionar o tratamento.
2. Deverá dizer se sentiu que foi ignorado algum ponto ou foi deixado passar algo.
3. Comunicar que o terapeuta ou o tratamento não está correspondendo às expectativas.
Existe um alto grau de atividade nas sessões de tratamento e o terapeuta aproveita ao máximo o tempo das sessões. Ele não fica só falando. Faz explicações, mostra como fazer os exercícios, dá orientações práticas para a vida do “paciente”, que passa a ser pró-ativo. O cliente na TCC não fica passivo, ouvindo o terapeuta, ele fica envolvido com os exercícios e atividades da sessão da terapia.
O terapeuta na TCC atua como professor-treinador. Ele procura ser amigável, criativo e envolvente para criar um ambiente de aprendizagem estimulante.
Na TCC a terapia é orientada para ação.
Não é do tipo passiva, “sentado ou deitado na poltrona”.
Na TCC paciente e terapeuta se empenham numa relação de muito trabalho em busca de resultado.
O terapeuta na TCC faz uso do humor de bom gosto.
O humor é espontâneo, genuíno e construtivo. Existem três razões para trabalhar com humor:
1. Humanizar a aliança terapêutica;
2. Romper padrões rígidos de pensamento e comportamento;
3. Combater sintomas e enfrentar o estresse.
Na TCC a relação terapeuta-paciente é flexível e personalizada, sensível às características únicas de cada paciente e situações vividas por ele.
Respeita-se questões como etnia, idade, religião, orientação sexual, deficiências físicas e grau de escolaridade.
O terapeuta trabalha com muita ética. Ele não rotula o paciente e não é preconceituoso.
Na TCC o terapeuta transmite informações e conduz o tratamento de uma maneira positiva e construtiva.
Fonte da pesquisa para este texto:
Aprendendo a terapia cognitivo – comportamental, de Jesse Wright, Mônica Basco e Michael Thase, Artemed Editora.
Saiba mais sobre o que é Terapia Cognitivo-Comportamental.
Flávio Pereira