De acordo com Robert Leahy, no seu livro Livre de Ansiedade, Artmed (2010) o suicídio pode ser considerado o último resultado da depressão maior, em especial quando ela não é tratada ao longo do tempo.
Por trás do ato suicida está a depressão e a desesperança porque a pessoa sofreu grande perda ou tem lutado muito tempo sem sucesso ou porque têm uma auto-imagem extremamente ruim. A pessoa desenvolveu pressuposições que predispõem à depressão. Exemplos:
Para ser feliz tenho que ser bem sucedido
Devo ser aceito por todos o tempo todo
Se cometo erros sou ineficiente
Não posso viver sem você
Meu valor como pessoa depende do que os outros pensam de mim
Se alguém discorda de mim, significa que ele não gosta de mim
Amy Wenzel, no livro Terapia Cognitiva-comportamental para pacientes suicidas, Artmed, (2010) apresenta algumas informações:
Morrem por ano 32 mil pessoas nos EUA devido ao suicídio.
2,7% da população nos EUA já tentou o suicídio.
13,5 % já pensou em se suicidar.
De acordo com Sheila Dowd e Philip Janicak, no livro Terapias Psicológicas e Biológicas Integradas, Artmed (2009) o suicídio é a nona principal causa de morte nos EUA em todas as idades e entre jovens e a terceira causa de morte. A depressão contribui para 70% dos suicídios. Antidepressivos aumentam a ideação ou comportamento suicida em jovens e adultos.
Segundo Aaron Beck, no livro Terapia Cognitiva da Depressão, Artmed (1997), é importante observar o comportamento da pessoa com depressão e avaliar os riscos de suicídios. Exemplos de comportamentos do potencial suicida:
Atitudes escondidas (furtividades)
Decisões súbitas de fazer testamento
Declarações verbais repetidas diretas: “sou um fracassado”
Declarações verbais repetidas indiretas: “obrigado por você (psicólogo) por tentar me ajudar com tanto afinco”.
Aaron Beck informa que 40% das tentativas e dos suicídios concluídos foram de pessoas que tinham visitado médicos e psiquiatras na semana anterior à ação suicida.
Aaron Beck aponta os motivos para o suicídio ou a tentativa: desistir da vida (56% dos casos) porque a angústia mental interna é intolerável, não vêem saída para os problemas, estão cansados de lutar ou querem trazer de volta alguém importante, produzir uma mudança interpessoal (13 % dos casos), fazer os outros perceberem que precisam de ajuda, entrar no hospital com uma trégua temporária de seu meio. É comum a combinação dos motivos descritos (31 % dos casos): escape da vida e manipulação de outros.
O comportamento suicida pode requerer tratamento medicamentoso (consultar psiquiatra), mas principalmente requer tratamento psicoterápico (consultar psicólogo).
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