Psicofármacos: são medicamentos que buscam conter sintomas de transtornos mentais.
Será que tratamentos medicamentosos devem ser utilizados para todos os casos de transtornos mentais como primeira opção terapêutica? Questões como essas devem ser refletidas quando buscamos a melhor maneira de trabalhar os males da mente, o estresse ou os descontentamentos do dia-a-dia. Há um aumento considerável na utilização de medicamentos, pelo marketing de laboratórios, prescrições médicas imprecisas ou pelo imediatismo das pessoas que procuram fórmulas prontas para resolver frustrações. Há pessoas que recebem prescrição de medicamentos, muitas vezes diagnosticadas erroneamente, pois a avaliação dos sintomas não foi feita de forma adequada.
O que é importante conhecer sobre os medicamentos?
Efeitos colaterais
Os efeitos colaterais dos psicofármacos são prejudiciais e desconhecidos por usuários que iniciam o tratamento na maioria dos casos. Ao iniciar o tratamento é importante:
- Conhecer sobre a própria doença.
- Saber quanto à eficácia que se espera do medicamento.
- Observar os possíveis efeitos colaterais que ele pode trazer.
Ao mesmo tempo em que os psicofármacos podem inibir os sintomas das doenças mentais, por outro lado seus efeitos colaterais se manifestam gradativamente em forma de novas patologias. A memória, a percepção e a capacidade de raciocínio tornam-se lentos.
Ganho de peso. Principalmente para as mulheres, é uma das consequências que mais pode ser geradora de baixa autoestima, podendo resultar em outros distúrbios, como a depressão.
O ponto chave é que muitos dos transtornos mentais podem ser reduzidos ou eliminados por meio da psicoterapia ou outras terapias não medicamentosas.
Psicoterapia é o método de tratamento dos sofrimentos mentais que não utilizam medicamentos. Através de técnicas específicas psicológicas o profissional trata o indivíduo.
Remédio sozinho não cura. Muitos problemas emocionais e de saúde mental são tratados como desequilíbrios bioquímicos. Preocupações psicológicas se originam e são influenciadas por eventos da vida. Pelo fato dos medicamentos não mudarem a forma como as pessoas se relacionam psicologicamente em suas experiências, a medicação sozinha não pode “consertar” os problemas psicológicos. Estudos comprovam que o tratamento com psicoterapia e medicação, em conjunto, é mais eficaz do que o tratamento com a medicação isolada.
A psicoterapia estimula o cérebro e a mente. Medicação para depressão, ansiedade e outros transtornos mentais não estimula a mente e o cérebro, apenas encobre as causas dos desajustes. A psicoterapia pode tratar os problemas centrais e criar mudanças a longo prazo, resultado que a medicação não proporciona.
Terapia cognitivo-comportamental e Medicamentos
Atualmente a terapia cognitivo-comportamental é considerada como o tratamento de primeira escolha para a depressão, transtornos de ansiedade, TOC, fobia social entre outros e mais recentemente nas psicoses. Enquanto os psicofármacos camuflam a origem dos distúrbios mentais, a terapia cognitivo-comportamental combate o ponto central: falsas crenças e pensamentos distorcidos e apóia o uso de medicamentos apenas para pacientes que realmente necessitam deles. Saiba mais.